O começo do século XVIII foi marcado por inúmeros conflitos na Europa. Embora a indústria e o comércio florescessem, não era um resultado direto das monarquias ou da nobreza européia. Em todo continente, a burguesia, fazia as coisas acontecerem. Na França, a esfera da arte, cultura e moda transferiu-se de Versalhes para Paris. A burguesia assumiu uma nova posição
de influência, o estilo imperialista do Barroco saiu de moda e foi substituído pelo Rococó, um estilo suntuoso que influenciou o design de interiores, moda e arquitetura.
O rococó caracterizava-se pelo uso de ornamentos sinuosos e curvas. Assim como o barroco influenciou o vestuário da corte de Luís XIV e o estilo europeu, o rococó também estendeu seu alcance para moda. Durante o reinado de Luís XV, a indústria têxtil se desenvolveu e fitas, renda, franzidos, rufos, flores de seda e borboletas de seda decoravam as roupas dos mais ricos.
Foi uma expressão da liberdade de movimentos e sensibilidade, podendo ser visto como uma ponte de ligação entre o Barroco e a postura Romântica no século posterior. O Rococó desenvolveu-se como forma buscando unicamente o efeito estético, livre de qualquer fim utilitário, cultuando a beleza. O traço característico da época era o excesso generalizado, á decoração e ao erotismo, procurando fugir das linhas e ângulos retos do período anterior, sendo substituídos pelos arabescos e assimetria.
O estilo era inspirado nos prazeres da vida mundana, com temas sobre a nobreza, o luxo da aristocracia e a delicadeza nos motivos e nas cores: caracterizado pela excesso de formas curvas e de elementos decorativos como conchas, arabescos, frutas, laços e flores. Tons pastel, sensualidade discreta, festas ao ar livre, elegância, alegria, frivolidade e exuberância. O requinte era acentuado pelos tecidos que normalmente eram cetim, brocados e rendas.
Indumentária feminina:
Até meados do século XVIII as características do Rococó eram: saia, sobressaia, um tecido triangular que cobria o peito e encaixava numa abertura frontal do vestido (fichu), decote pronunciado, o busto que poderia ser adornado por fitas. Essas peças iam por cima de um corpete e as saias ampliaram seus volumes na direção lateral através de armações de salgueiro ou vime chamadas panniers.
Os penteados passaram a ser exuberantes e excêntricos com o uso de almofadas e grampos que poderiam chegar a 1m de altura.
Maria Antonieta foi uma grande influência na moda desse período.
Indumentária masculina:
As vestes masculinas eram compostas pelo culotte justo até o joelho, camisa, colete, casaca, meias brancas e sapatos de saltos. Os coletes e casacas (justaucorps) eram bordados com abotoamento frontal. Os cabelos ou perucas amarrados atrás em rabo de cavalo, quando não eram naturais podiam ser de fibras vegetais, crina de cavalo ou bode. O chapéu utilizado era o tricórnio na cor preta.
Lentamente a estética Rococó masculina foi substituída pelos violentos anos de Revolução Francesa. A Roupa nesse período ficou mais simples: o gibão transformou-se em fraque, as calças eram justas até os joelhos, usavam camisa, colete, golas baixas, sobrecasacas, meias e sapatos de salto.
Na moda atual:
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